Entender os motivos que levam a água do Rio Urussanga ser tão poluída foi o marco inicial para que o Rotary Clube pudesse mostrar a exposição “Rastros da Contaminação – Poéticas do Rio Urussanga”. Oito obras com manifestações estéticas, seja em diversas linguagens, arte musiva, performance e audiovisual, foram criadas envolvendo os artistas Augusto Zanelato, Henry Goulart, Vanessa Lopes e Willian Marques. O projeto foi contemplado pelo Edital de Incentivo à Cultura Local (Lei Aldir Blanc). A exposição já está aberta e segue até 25 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h, no o Business Center Rosalino Damiani.
As obras que compõem a coletiva são: “O Dilema da Magnólia”, de Vanessa; “Escuta”, de Zanelato; “Ouro de Tolo 75/25”, de Zanelato e Vanessa, em colaboração com as Manas Bonetti; “Nascente”, de Vanessa e Marques; “Banquete”, de Zanelato e Goulart; “O Rio que Corre em Nós”, de Goulart; “De que rio que tu é?”, de Vanessa, em colaboração com Danilo Doc Lee e “Desperta”, de Goulart e Vanessa, em colaboração com Karla Ribeiro. Ambas as obras foram elaboradas a partir de uma residência artística realizada pelo projeto “Territórios Sensíveis – Rio Urussanga”, coordenado por Walmeri Ribeiro.
A vice-presidente do Rotary Clube, Edna Zanin Lopes, e os artistas Henry e Vanessa deram mais detalhes sobre a exposição realizada e os seus objetivos em entrevista ao programa Ponto de Encontro
Antes da exposição final, o projeto teve que ar por várias etapas durante alguns meses. “Nos envolvemos em um projeto de criação e o que emergiu desse processo é o que se concretiza agora nesta exposição”, comenta. O começo iniciou com uma residência artística emersiva, ou seja, a equipe ficou cerca de dez dias analisando todo o local. “Vimos muita coisa, todas aquelas bocas de mina despejando continuamente, 24 horas por dia, sete dias por semana, metais pesados no Rio Carvão”, disse. Vanessa completa que estar diariamente observando de fato a poluição é muito diferente do que apenas ar e notar a cor diferente da água. Conforme o laboratório do Conselho Nacional do Meio Ambiente, a água do Rio Urussanga é classificada no pior nível. “A nossa água serve só para navegação e paisagem. Navegação não serve e só sobrou a paisagem, que é alaranjada”.
Alguns cartazes com trechos da obra Magnólia escrita por Monsenhor Agenor Marques Neves foram colocadas nas cabeceiras das pontes. Os versos mais impactantes foram destacados para que fossem colocados nas faixas, trazendo também uma reflexão para os que am pelo rio. Para os interessados em ver a exposição, podem ir gratuitamente no Business Center Rosalino Damiani, na última sala da galeria, até o fim de setembro. Escolas que queiram realizar uma visita guiada, com turmas de até 15 pessoas, podem agendar a participação pelo e-mail [email protected].
FICHA TÉCNICA
Criação: Augusto Zanelato, Henry Goulart, Vanessa Lopes, Willian Marques
Colaboradores: Danilo Doc Lee, Karla Ribeiro, Manas Bonetti
Visitas Guiadas: Willian Marques
Oficina: Augusto Zanelato, Henry Goulart, Vanessa Lopes, Willian Marques
Arte Gráfica: Henry Goulart, Vanessa Lopes
Divulgação: Vanessa Lopes
Residência Artística: Walmeri Ribeiro / Territórios Sensíveis
Produção Executiva: Vanessa Lopes
Apoio: Business Center Rosalino Damiani, Adroaldo Luiz Apolinário, Rotary Club de Urussanga
Agradecimento: Cleo Damiani, Thoy Mondardo Damiani Becker
Financiamento: Lei Aldir Blanc / Urussanga
Realização: Rotary Club de Urussanga
Com informações Rádio Marconi